Absorve-me mas em várias fracções

sábado, 27 de setembro de 2008

Fora da Mente por Pink Poison

Dá um passeio fora da tua mente e vem sentir o que eu sinto.

Tornar a voltar dar-te-ia uma visão diferente da vida.

Estava ele numa rua, numa noite e numa terra desconhecida. Afirmava que o castigo por vezes não é o certo para o crime.

Quando as lágrimas acabarem, sim, porque um dia elas acabam e eu, numa luta desigual com terceiros, vou ser derrotada duplamente.

Tem um buraco na alma, diz ele, o desgraçado tem é sorte de ainda ter alma.

Acusar sabe muito bem, principalmente quando se sabe que se tem razão. Mas que importa ter razão se não se tem o que se quer?

Uma mente que não dá voltas, vê uma parede e não a contorna, bate na parede vezes sem conta e dali não sai.

Agora diz-me qual a sensação de passar a noite dentro de mim, com os meus pensamentos e as minhas torturas?

Algo lhe diz que está nas últimas, está a ficar louco.

Volta a falar do buraco que tem na alma mas que raio de alma é essa?

Uma alma sem lágrimas, uma fonte que secou para tudo e todos e que não desassossega no meio de um mundo sossegado. Não existem brilhos súbitos nem vontades imaginárias a abrirem capítulos que não vão ter fim.

Esse tipo de amor que alguns dizem existir, põe um homem louco, a um passo do cemitério. O que se pode fazer?

Sente-se como se estivesse a atravessar um sabe-se lá o quê. Sabe que ela nada veste debaixo do sobretudo mesmo antes de se ir embora na autocarro das sete. E vai para Hollywood. E lá vai ela... o seu diamante vai embora.

" O que me podes dar neste momento?" pergunta ele, no meio da ansiedade de passar, ou não, sozinho os próximos meses.

" Tudo.", responde ela num tom calmo e seco.

Porque é que não dormes à noite? Por pensares que perdeste tudo o que era bom e pensares que não estás feliz e que estás por tua conta...

Qual será a história dos teus olhos e o que será preciso para chegar a eles...

Diz-me o que é preciso para chegar ao fogo de antigamente e sair das ruas ou da rua da amargura e voltar a dar tudo.

Se o tudo já foi dado... dá-se o impossível, o incredível, o imoral e o banal. Com o diabo nos olhos, com sentimento no coração, com calor nas mãos e humidade na boca. Mas dá-se.

Mulher, tens de mudar a tua atitude. Tantas vezes me fizeste sentir que o mal era bom e agora estás ao ponto de me abandonares...

De quem será a culpa de se pensar duas vezes ?

Pensar duas vezes ?! Nem uma!

Faz-se! Mexe-se! Sonha-se! Desassossega-se!

Faz-se alguém trepar paredes!

Remoinho, furacão, leve brisa quente com cheiro a canela.

Vamos lá ver se a coisa desta vez arranca. O panorama era a mesma parede que foi necessária para ela lhe explicar como e o quê que lhe podia dar.

Dois braços em volta de outros dois. Dois abraços dados de uma forma tão diferente que é de deixar um homem a um passo da loucura com os truques sujos que se dá no coiro dum gajo...

E lembra-te quando andares a grande velocidade no teu carro, tão depressa que eu nem te vejo, que não te sinto… não te poder sentir é não sentir o coração a bater, é deixar de ouvir o silêncio que me diz o quanto te temo, te adoro, o quanto te quero e, acima de tudo e todos, o quanto te consigo sentir.

Sim, conseguir sentir-te, quando me falas das pessoas que tanto gostas e eu imagino aquelas de quem gosto de igual forma. Passar por cima de todos seria o tal gesto que tu és, e serás sempre, incapaz de fazer. Também eu o sou mas gosto de ti e de tudo o que implicas. É indiscutível que é mesmo de ti de quem falo. Quem me conhece sabe disso... erro fatal.

Existem coisas que nem merecem ser repetidas.

Como uns olhos contra o pôr do sol às 18:30h da tarde.

Mas também existem coisas que não devem ser escondidas de mim, nem dos meus sentidos e muito menos dos meus desejos.

Porque eu, tal como o ser humano, tenho os meus direitos.

Direitos egoístas, é certo, mas existem e têm que ser respeitados como tal.

Poderia dizer que gosto mais dele do que da própria vida mas era mentir; Nem eu sei explicar o quanto, ou como gosto… só sei que gosto e pronto!

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Odeio as almas estreitas, sem bálsamo e sem veneno, feitas sem nada de bondade e sem nada de maldade.Nietzsche
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